quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Arte Rupestre na Amazônia - Monte Alegre

Na semana passada estivemos em Monte Alegre, cidade próxima a Santarém, no Pará, para participarmos do lançamento dos livros "Itaí" (escrito pelo Juraci Siqueira e ilustrado por mim), assim como o livro "Arte rupestre de Monte Alegre" da arqueóloga Edithe Pereira, do Museu Goeldi.
 Aquarela retratando o naturalista Wallace (co-autor, junto com Darwin, da teoria da Evolução das espécies) subindo a Serra da Lua, Monte Alegre, no século XIX.

Além dos livros, foi aberta a exposição "Visões", com painéis mostrando as pinturas rupestres, o making of da expedição e as aquarelas que pintei em abril deste ano no alto das Serras da Lua, Paituna, pedra do mirante e das cavernas da Pedra pintada e 15 de março. 
Participamos de debates com os alunos e professores locais, entrevistas na rádio comunitária e também ministramos, eu e Bárbara, a oficina "Olhar, perceber, preservar", para alunos das escolas públicas. Foi incrível.
Para os que quiserem saber mais sobre o projeto e ler os livros (disponíveis gratuitamente em e-book), ou fazer "tour virtual" pela exposição que mostra as aquarelas, podem acessar o hot-site do projeto:


Participar deste projeto foi uma experiência única. Agradeço a Edithe Pereira pelo convite, ao Juraci Siqueira pelos textos certeiros e a todos os membros da equipe e parceiros que participaram do projeto. Assim como ao Museu Emílio Goeldi, a Sociedade de Arqueologia Brasileira e a Petrobras.

sábado, 22 de setembro de 2012

A BOIUNA E A MOÇA

Nas lendas amazônicas Boiuna é uma cobra muito grande e escura que afunda barcos e marujos que cruzam seu caminho enquanto encanta moças do interior da floresta. Zé Mururé é o herói que irá de lutar com a cobra para e ajudar a moça que está encantada. 
Essa é a história contada pela escritora Adriana Cruz que tive o prazer de ilustrar a capa e fazer o roteiro gráfico das ilustrações internas que ficaram por conta de Allan Bitencourt e Brisa Nunes, uma publicação da editora Estudos Amazônicos.
A noite de autógrafos será na próxima terça-feira, dia 25, na XVI Feira Pan-Amazônica do Livro, em Belém, às 19:00, no Stand da Editora Estudos Amazônicos.
Estão todos convidados e estarei lá esperando vocês.
estudo para a capa

 capa aberta em aquarela e nanquim

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

OLÍMPIA

Avance para águas mais profundas 
(Lc 5,4)


Dizem por aí que o esporte reflete a vida.
Que coisas vividas por lá,
acontecem por cá.
No Remo é assim.
Por alguns anos foi uma boa escola pra mim.
Aprendi que a vida é o que se vive enquanto se rema,
e não somente quando chegamos onde queremos chegar.
Assim é remar.
Assim é isso que a vida nos dá.

MB.


quarta-feira, 7 de março de 2012

OS GAROTOS DA BICICLETA


Era um final de tarde num despretensioso domingo, eu estava sentado no chão de uma pracinha em uma pequena cidade no interior da Amazônia, no Estado do Pará. Estava fazendo desenhos para colocar em um calendário que seria publicado no ano seguinte e precisava retornar para Belém naquela dia.

Dois garotos se aproximaram de bicicleta e começaram a olhar o que eu estava fazendo, um deles perguntou:
– Moço, por quê o Sr. está desenhando?

Expliquei que era um trabalho e buscava um ponto típico da cidade para mostrar em um calendário. Ele me disse que, geralmente, quem fazia isso na cidade eram eles. Pedi então, que me mostrassem o lugar em que os moradores mais se identificavam com a cidade. Apontaram para uma árvore frondosa que ficava em uma rua ali perto.

Hoje fui convidado para dar as boas vindas aos calouros do Curso de Artes Visuais, da Universidade Federal do Pará, a ideia era mostrar um pouco do que tenho produzido artisticamente. Lá pelo meio da palestra, mostrei as aquarelas do calendário e comentei o episódio do encontro com os garotos que aconteceu há dez anos atrás. Foi aí, que alguém sentado no fundo da sala pediu a palavra. Para surpresa de todos e minha principalmente, ele se apresentou como sendo um dos garotos da bicicleta e comentou o quanto aquele episódio havia sido marcante para os dois e o que aconteceu na vida deles depois daquele encontro. O (re)encontro na sala foi emocionante. O relato dele foi mais emocionante ainda.

Como diria Lenine..."ninguém faz ideia de quem vem lá".

MB.

PS: Dedico esse post ao Silvio e ao Junior, os garotos da bicicleta, que enfrentaram tempestades e mares bravios na busca do caminho.  

Esse era o desenho que eu fazia quando os garotos se aproximaram.

O esboço da árvore.

A aquarela que foi para o Calendário.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Bons ventos

Barcos veleiros tem uma sina.
Precisam ser otimistas.
Acreditar no vento que virá
é o princípio de sua existência.
Partir e querer chegar, é uma opção.
MB. 

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

SIMPLEScidade

Paisagens nas cidades fazem parte da vida de quem nela vive.
Algumas nos cativam não por serem antigas ou novas, mas, simplesmente por estarem lá.
Assim são as cidades, assim são as pessoas.
MB.